INFORMÁTICA
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Novas
tecnologias cada vez mais estão entrando no cenário da educação, porém
percebe-se que seu uso nas escolas ainda é bem pequeno. O computador sem dúvida
é a tecnologia mais utilizada, porém seu uso se restringe as aulas de
informática, onde por alguns minutos semanais os alunos têm contato com o mesmo.
Na educação infantil esse contato é ainda menor, pois poucas escolas têm
máquinas disponíveis para se utilizar com os alunos, geralmente as que existem
são exclusivamente para o uso dos gestores e professores. Além disso,
percebe-se que os professores ainda não se sentem confiantes em apresentar tal
ferramenta aos menores, nota-se que ainda há um certo receio na inserção do
computador em sala de aula.
Na
educação infantil geralmente o computador é pouco utilizado, e quando os
professores optam por utiliza-lo geralmente é para atividades como mostrar
vídeos, imagens, ouvir músicas ou contar histórias, ou seja, da forma mais
tradicional, onde é passada a informação para a criança através do professor. Mas
porque não ousar? Já que esta ferramenta desperta tanta curiosidade em nossos
pequenos, e também trás tantos benefícios.
O uso
da informática pelas escolas cresce a cada dia, tanto na área administrativa
quanto na área pedagógica. Seu uso adequado oportuniza o desenvolvimento e a
organização na construção do pensamento, bem como, desperta o interesse e a
curiosidade dos alunos, elementos fundamentais para a construção do conhecimento
(MATTEI, pg 2)
Trata-se
de não ver o computador como uma ameaça a profissão do professor e sim vê-lo
como uma ferramenta valiosa e aliada na construção de novas aprendizagens, pois
este possibilita na criança o despertar da curiosidade, de modo que ela aprende
brincando. Seria uma nova forma de aprender, forma esta que já faz parte do
nosso cotidiano, já que nossos alunos nasceram na era digital. As crianças
quando colocadas diante do computador, mostram seu encanto, curiosidade, e
fascínio pela máquina o que facilita e muito na aprendizagem dela, pois se
interessa em descobrir mais e mais. O computador desperta nas crianças a
vontade de explorar e de descobrir as infinitas possibilidades existentes nele.
Não
podemos ter medo de ousar, e nem de utilizá-lo, afinal:
O
resultado desta vivência mostra claramente que o computador não é uma ameaça a
profissão do professor, mas pode ser um instrumento para enriquecer a sua
prática, pedagógica. O professor precisa estar preparado para o uso desta
tecnologia, deve estar se atualizando continuadamente acerca dele. Os
professores devem ser motivados pelo desejo de crescer, de aprender e também de
ensinar. Precisam tomar consciência da necessidade de criar e inovar constantemente
(MATTEI, pg 14).
Essa vontade de
inovar nos faz criar um novo espaço de aprendizagem, onde aluno, professor e o
computador podem interagir, permitindo que a criança explore, descubra e crie
possibilidades onde o professor faz com que ela busque informações construindo
suas alternativas e soluções para os problemas. Devemos oportunizar aos nossos
alunos a chance de experimentar o novo.
A
tecnologia esta ai a serviço de todos, e ela veio para ficar. As oportunidades
da informática são imensas, e surgem para facilitar a vida das pessoas. O
Contato com as novas tecnologias não possibilitam apenas o saber, mas também o
contato com um novo mundo que se criou, o mundo virtual. Neste pode-se adquirir
informação e conhecimento, como também possibilita o acesso à cultura, o
relacionamento com outras pessoas. O fundamental para nós professores é ensinar
os nossos alunos a utilizar esta ferramenta em prol de si, proporcionando saber
e conhecimento.
É
importante motivar nossos alunos para a aprendizagem, e com o computador isto
acaba chamando mais a atenção da criança, pois para elas ele é muito atrativo.
Devemos oferecer aos nossos alunos momentos de desafios, onde possibilitamos
que ele próprio faça as suas construções. As tecnologias nos proporcionam novos
caminhos, onde nós podemos redimensionar o nosso fazer pedagógico com objetivo
de proporcionar aprendizagens mais significativas. Esta aprendizagem não se
torna significativa se levarmos os nossos alunos para o laboratório de
informática apenas com o intuito de ensina-los a manusear as máquinas, mas sim
a partir do momento que temos objetivos concretos e que possibilitamos aos
nossos alunos ir além deles.
O professor perde o controle
absoluto, de quem sabe tudo, para se tornar um pesquisador em ação dentro da
sala de aula. Em vez de dar a matéria, em uma aula meramente expositiva, o
professor organiza o trabalho didático-pedagógico de modo que o aluno seja o
co-piloto de sua própria aprendizagem. O professor fica na posição de mediador
desse processo (MATTEI,
pg 9).
Nós
professores somos cada vez mais pesquisadores aprendentes, e nossas salas de
aula tornam-se ainda mais um espaço em que se cria, inova, e se modifica. A
inserção desta máquina nas salas de aula requer tanto mudanças na escola como
também no comportamento do professor, afinal este deve estar aberto a mudanças
e a correr atas de qualificação para que seu trabalho seja realizado com
sucesso. O professor precisa estar disposto e preparado para essa demanda de
novas aprendizagens, adequando-se as mudanças que se tornam necessárias. Este
processo é fundamental não apenas para que o professor não apenas facilite o
processo de aprendizagem, mas também para que faça parte dessa construção.
Acredito
que essa mudança no sistema educacional
só vai acontecer se o professor enxergar as novas tecnologias como aliadas,
fazendo com que o processo de aprendizagem se torne inovador e atrativo para
seus alunos, onde estes participam e interagem, e não apenas do ponto de vista
como entretenimento.